sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dom Orani aos jovens: conhecemos o confiamos no amor de Deus (CRF. 1 Jo 4,16)


Queridos Jovens,
Em 1987, o Papa viaja à Argentina e lá se realiza a II Jornada Mundial da Juventude, a primeira fora dos muros de Roma. Depois de vinte e cinco anos, a JMJ retorna à América Latina, aqui no Rio de Janeiro. O tema escolhido para aquele primeiro encontro foi:"Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor" (1Jo 4, 16).
Em sua mensagem, o Beato João Paulo II recorda que a América Latina é o continente da esperança, onde se encontra o maior número de jovens. Lembra também da opção preferencial pelos jovens, proclamada em Puebla de los Ángeles, México.
O grande objetivo dessa jornada era preparar os jovens, que agora são os adultos de hoje, para serem os apóstolos do novo milênio. O objetivo de todas as jornadas é permitir que os jovens experimentem o entusiasmo e a alegria do amor de Deus, que lhes convoca à unidade e à solidariedade.
Vocês, jovens, estão no mundo, mas não são do mundo. Seus corações apontam para o céu. No entanto, isto não significa sectarismo ou exclusivismo. Ninguém é salvo sozinho. O fato de vocês se sentirem tocados por Deus e convidados a uma vida de maior entrega no amor não significa que vocês devam rejeitar os que não conhecem e nem querem conhecer a Cristo.
Ele é nossa paz, veio trazer a unidade. Uniu dois mundos através do amor. A Cruz é o trono desde onde reina. E faz com que céu e terra se toquem. Natural e sobrenatural. Imanente e transcendente (cf. Ef 2,14-15). O pecado é absolutização do eu, do egoísmo. É fechar-se ao outro. Por isso, a fé é pessoal e comunitária. Exige as duas dimensões. Contudo, ser um povo eleito não é fechar-se na própria "suposta" pureza diante de um mundo "imundo".
Lembrem-se de que todos nós somos pecadores. E se não fosse pela misericórdia divina, estaríamos perdidos. Por isto, jovens, o radicalismo na vivência da fé significa enraizar nossas vidas no amor, na justiça e na paz, que são outros nomes de Cristo. É característica dos santos ser sumamente exigente consigo mesmos, mas complacentes com o outro. Sem compactuar com o pecado, é capaz de estender as mãos para levantar o irmão. Não podemos ser aqueles que têm as pedras nas mãos, mas devemos estar ao lado de Cristo.
Nossa fé nasce de uma alteridade divina e humana. Somente no encontro com Outro absoluto serei capaz de encontrar meu verdadeiro eu, e verei meus irmãos com o amor que é próprio do cristianismo. Nosso objetivo é criar pontes, pois muros já são muitos.

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