terça-feira, 31 de julho de 2012

JMJRIO 2013 lança manual de inscrições do peregrino


Hora de começar a organizar o grupo, preparar o coração e unir os amigos para embarcar juntos nesta 'aventura da fé'. Dentro de pouco tempo as inscrições estarão abertas para a JMJ Rio2013 e você não poderá ficar fora dessa. A partir de hoje, 31 de julho, o Manual de Inscrições de Peregrinos poderá ser visto no item“Tire suas Dúvidas” no portal oficial: www.rio2013.com. Nele você terá todas as orientações necessárias para preparar da melhor forma o seu grupo.
Segundo a diretora do Setor de Inscrições da JMJ Rio2013, Irmã Maria Shaiane Machado, o documento descreve o sistema de inscrição e ajudará o peregrino. As inscrições serão feitas em grupo por meio de um responsável (chamado de “responsável principal”). Além desse, haverá um “segundo responsável”. Para grupos mistos, preferencialmente um responsável masculino e um feminino. Os valores têm variações, tanto da modalidade dos pacotes (que poderão ou não incluir hospedagem e alimentação), quanto por classificação dos países. Para ajudar que peregrinos de países economicamente mais pobres possam participar das JMJs, eles são classificados nas classes A, B e C.
A classificação dos países e os tipos de pacotes definem os valores. Serão 21 tipos de pacotes com valores que variam de R$ 100,70 a R$ 577,60. Esses valores são válidos até 31 de janeiro de 2013, incluindo um desconto de 5%. Após esse período as variações são de R$ 106,00 a R$ 608,00.
Os grupos deverão ter até 50 peregrinos, incluindo os responsáveis. Grupos maiores deverão ser divididos em subgrupos de até 50 pessoas, que poderão estar vinculados entre si por um grupo principal. A vinculação entre os grupos não garante que todos ficarão juntos. A hospedagem oferecida pelo COL será por região linguística. Também outros fatores podem ser decisórios, como por exemplo, a distância dos pagamentos entre os grupos.
"Hoje, a principal preocupação do peregrino é com o valor da inscrição", afirma. "Com todas as informações, ele vai conseguir organizar melhor seu grupo para se inscrever".
As inscrições serão realizadas exclusivamente online, através do portal oficial da Jornada - www.rio2013.com. "Incentivamos a todos a fazerem inscrições em grupo, que podem ser formados nas paróquias, comunidades, movimentos católicos, escolas, universidades", diz irmã Shaiane.
Os candidatos ao voluntariado que não foram selecionados deverão fazer a inscrição como peregrinos.
A formação de grupos de peregrinos reforça um dos principais frutos da JMJ, a União. "Esse é um dos valores da Jornada Mundial da Juventude", diz irmã Shaiane. "União faz parte da sua vida" é a primeira mensagem da JMJ para divulgar as inscrições, na campanha também lançada hoje. Venha para o Rio de Janeiro. Una-se a milhões de jovens do todo mundo rumo à JMJ Rio2013.

Fonte: JMJ RIO 2013

terça-feira, 24 de julho de 2012

Bote Fé na vida reúne cerca de 7 mil pessoas na orla de Copacabana


São exatos 365 dias para a JMJ Rio2013. E em todo o Brasil as pessoas foram para as ruas comemorar a contagem regressiva e mostrar o espírito preparatório para a Jornada. No Rio de Janeiro, cidade-sede, cerca de sete mil pessoas participaram na manhã de hoje, 22 de julho, do Bote Fé na Vida - corrida e caminhada, realizado na praia de Copacabana.
O local escolhido para a corrida é bastante significativo. Durante a JMJ Rio2013 a praia de Copacabana receberá parte dos Atos Centrais, como a missa de acolhida, a cerimônia de boas-vindas ao Papa Bento XVI e a Via-Sacra.
Com um percurso de 3km, a corrida e caminhada começaram pontualmente às 9h com a bênção do arcebispo do Rio e presidente do Comitê Organizador Local (COL), Dom Orani Tempesta. Quem deu a largada da corrida foi o responsável pela Setor de Pré-Jornada, padre Jefferson Araújo.
"Estou achando muito bonito a adesão de tantas pessoas neste momento. Que todos possam voltar para suas paróquias e continuar os trabalhos de preparação da Jornada", enfatizou Dom Orani.
“Pensamos em ambientalizar a sociedade à realidade da Jornada, que não se prende a um evento dentro de Igreja, mas que mexe com a cidade inteira, com o país e com o mundo inteiro. São peregrinos de todos os lugares que vem para o Rio. Para dentro da Igreja, é o fortalecimento também da Pastoral dos Esportes, que já existe em algumas paróquias, mas que tem que crescer mais ainda. O carioca tem essa energia, esse jeito próprio de ser feliz e a Pastoral dos Esportes é algo que encaixa perfeitamente o tema da espiritualidade e da qualidade de vida”, ressaltou padre Jefferson.
A prova foi concluída rapidamente. Aos 5min e 50s, o vencedor da categoria masculina, Sebastião Cordeiro, 25, cruzou a linha de chegada. Ele é paranaense e atleta amador, recém-chegado à cidade do Rio.
Para ele, o Bote Fé na Vida é importante porque une a juventude num evento que preza pela saúde. “Esse evento incentivou muito os jovens a entrar no mundo dos esportes. Praticando esportes, o jovem toma totalmente um rumo na vida. Então, o Bote Fé na Vida chama a atenção do jovem à prática do esporte e a se apegar a Deus, onde se tem tudo para encontrar um bom caminho", destacou Cordeiro.
Completando o pódio da prova masculina, com um tempo de 5m51s, quem chegou em segundo lugar foi Bruno Willian e, em terceiro lugar, com um tempo de 5m52s, Marcelo José Alves. Para o segundo colocado, o evento foi importante porque incluiu pessoas de várias religiões na JMJ.
Marcelo José Alves também lembrou da presença do ecumenismo no Bote Fé na Vida. Ele, que é evangélico, afirmou que “a corrida foi uma forma de levar qualidade de vida à sociedade e de unir as pessoas, com alegria, sendo um momento de satisfação e de lazer”.
A vencedora da prova na modalidade feminina, com tempo de 6m44s, foi a mineira Jéssica Ladeira, de 18 anos, que faz parte do grupo de atletas Pé de Vento.
Fé e esporte
Entre os participantes, estavam crianças, acompanhada dos pais, jovens e também representantes da terceira idade, que nada deviam aos mais novos em alegria e disposição.
Em meio a retirada de medalhas e o kit lanche estava o diácono Luiz Augusto Faria, da paróquia São Domingos de Gusmão, na Tijuca. Para ele, participar do Bote Fé significa ser missionário. “É mostrar que os católicos são unidos. É uma grande alegria ver tantos jovens juntos. Nós viemos de metrô rezando o terço, a cada parada vinha mais um. O vagão ficou cheio!", destacou com alegria.
A jovem Amanda Costa, que participou da caminhada, também lembrou que o Bote Fé na Vida esteve ligado com o tema da Campanha da Fraternidade 2012. “Foi uma maneira de falar dos esportes. Estamos no ano da Campanha da Fraternidade que falou sobre saúde e estivemos aqui hoje caminhando e mexendo nosso corpo”, ressaltou.

Pelo Brasil
Ao todo 120 Dioceses realizaram o Bote Fé na Vida. Na Arquidiocese de Brasília, o início de chuva não tirou a animação dos quase 1.200 participantes do Bote Fé na Vida que deram a volta pela Esplanada dos Ministérios em um percurso de 4km na manhã deste domingo.
O Bote Fé na Vida de Santarém (PA) foi no sábado, 21. O aquecimento dos participantes foi às 8h da manhã e a largada às 9h. Logo depois do evento, o Setor Juventude se reuniu para montar a programação para acolher a Cruz da JMJ e o Ícone de Maria que vão para a diocese nos dias 3 e 4 de outubro.
A Arquidiocese da Paraíba realizou uma corrida com largada e chegada no Busto Tamandaré. Na Diocese de Palmares (PE) a corrida começou às 8h em Tamandaré com toda juventude e um show.
Na arquidiocese de Olinda e Recife, o vencedor de cada prova ganhou uma passagem de ida e volta para participar da JMJ no Rio de Janeiro em 2013. Já os segundos e terceiros lugares ganharam uma bicicleta cada. Após a premiação, foram realizados vários shows.
A Diocese de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, teve uma corrida com percurso de 6,1 km (entre os municípios de Tracunhaém e Nazaré da Mata). A premiação foi um pacote de viagem para a JMJ Rio2013.
Em Petrolina houve uma caminhada que saiu às 17h e percorreu um trecho correspondente a 5 Km da Avenida da Integração. “É importante que os nossos jovens tenham em mente que a evangelização pode e deve ocorrer de diversas maneiras. Além disso, percebemos que através dessa iniciativa, o esporte será utilizado como meio de promoção à saúde e instrumento de evangelização, ampliando o campo de possibilidades que temos de disseminar a Palavra de Deus”, afirmou o assessor do setor juventude em Petrolina, padre Givanildo José.
A Arquidiocese de Natal (RN) realizarou uma programação ampla com caminhada, missa presidida pelo arcebispo local, shows de música católica e apresentações culturais.
Na cidade de Araras (SP), que faz parte da Diocese de Limeira, o Bote Fé na Vida aconteceu uma semana antes. A manhã do dia 15 de julho era uma das mais frias do ano em Araras, 6 graus, mas isso não foi problema para os participantes. Com percurso reduzido (3,5 km) para que todos pudessem participar, o evento percorreu as principais ruas do Centro, com largada e chegada no Largo da Basílica.
O Bote Fé na Vida da Diocese de São José dos Campos (SP) começou cedo. No sábado, 21, à noite, os jovens participaram de uma vigília em prol da vida. A programação no domingo começou em frente à Igreja Matriz São José. A caminhada foi até o parque da cidade, onde o bispo, Dom Moacir Silva presidiu  a missa.
Na Arquidiocese de Palmas (Tocantins) foram percorridos 4km da Catedral do Divino Espírito Santo em direção a Feira do Bosque. Com muita animação o atleta Eliézio Miranda, já atleta campeão de diversos prêmios nacionais, foi o vencedor da categoria profissional. Ao todo foram quatro categorias, os vencedores no 1º lugar ganharam a inscrição para a JMJ Rio2013.
Comunicação JMJ Rio2013, com Jovens Conectados


 Porto Alegre RS

 Rio de Janeiro RJ

 Petrolina PE

Cachoeiro do Itapemirim ES
Fonte: JMJ RIO 2013

JMJ RIO2013: jovens são convocados


Em continuação aos preparativos para a Jornada Mundial da Juventude de Rio2013, o arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL), Dom Orani João Tempesta, tem participado de encontros com a juventude em todo o Brasil. O último aconteceu em Cachoeira Paulista (SP), durante o PHN, realizado pela Comunidade Canção Nova, que reuniu cerca de 150 mil pessoas.
O encontro aconteceu entre os dias 18 e 22 de julho. Dom Orani presidiu a missa no sábado, 21. “Jesus Cristo é o Servo que vem trazer a Boa Nova da salvação para todos. Creio que é, justamente aí, centrados em Cristo, Aquele que dá a vida por nós, que somos chamados a ver nossa missão na sociedade”, disse o arcebispo ao público de São Paulo.
“O PHN também tem essa finalidade, e ainda um passo a mais, pois o Brasil foi contemplado pelo Papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na qual compartilharemos com outras etnias, com jovens que virão do mundo inteiro, a mesma busca de rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo aquilo que é digno desse nome, experimentando que são amigos do Senhor. 'Não vos chamo de servos mas de amigos' (João 15,15)”, afirmou.
Durante o PHN os jovens puderam ver e participar de pregações, shows e atividades paralelas. "Somos chamados a testemunhar para a sociedade que, colocando, a cada dia, a Palavra de Deus em prática, ela não se torne um peso para todos nós, mas umaverdadeira liberdade de filhos de Deus, os quais testemunham que, quanto mais amigos do Senhor formos, mais vivenciaremos o Evangelho não como uma lei pesada, mas como lei interior, do coração", ensinou Dom Orani.
"É isso que somos chamados a testemunhar nesse mundo. Somos chamados a nos ajudarmos mutuamente, seja num acampamento como este ou como na JMJ, optando por Cristo, Aquele que não nos tira da realidade, mas nos insere na realidade humana de transformação e preocupação com o outro. Quem é, realmente, amigo de Deus, quem se volta para Ele, também vai amá-Lo no outro, no mais frágil, no mais excluído, no mais necessitado. A Jornada Mundial da Juventude é para nos impulsionar. O segredo está no que vem depois: a pós-Jornada, quando os jovens terão a oportunidade de aprofundar sua vida de fé".
O PHN é um Acampamento para jovens, considerado um dos maiores eventos jovens do Brasil. Estiveram presentes Dunga, padre Fábio de Mello, padre Paulo Ricardo, diácono Nelsinho, Eliana Ribeiro e muitos outros. O tema do Acampamento deste ano foi “Amigos para voltar amar” que é uma frase de uma música de Dunga, missionário da Canção Nova e idealizador do evento.

Fonte: JMJ RIO2013

Hino da JMJ RIO2013 será lançado na festa de exaltação da santa cruz


É grande a expectativa dos jovens para o lançamento do hino oficial da JMJ Rio2013. Mas eles vão ter que esperar só mais um pouquinho. Segundo um dos responsáveis pelo Setor dePreparação Pastoral do Comitê Organizador Local (COL), padre Leandro Lênin, o hino, que estava previsto para ser divulgado no dia 27 de julho, tem uma nova data para o lançamento: dia 14 de setembro.
“Nós estamos em um impasse positivo que vai nos ajudar, no momento da estreia do hino, a ter uma surpresa para todos. Foi-nos concedido pelo Pontifício Conselho um pouco mais de tempo para pensar neste assunto, exatamente porque nós temos pérolas nas mãos. Então, quanto mais se cultiva, mais elas brilham”, destacou.
Padre Leandro também ressaltou que foi escolhido o dia 14 de setembro porque é o dia da Exaltação da Santa Cruz, o que remete à própria cruz peregrina. “O bairro de Santa Cruz em 2012 completa 450 anos. O Brasil foi Terra de Santa Cruz. E nossa vigília vai ser na Base Aérea de Santa Cruz. Então, nós queremos dar um presente nesse estilo musical para a cidade, ou seja, lançar o hino nessa data é uma forma de celebrarmos juntos todos esses grandes eventos”, frisou.
Em outubro do ano passado, foi aberto um edital para o concurso da letra do hino, e de novembro a março foram realizadas as inscrições. O Setor de Preparação Pastoral recebeu cerca de 180 letras. Elas passaram por um processo de avaliação doutrinal, de criatividade, de beleza e de poética, tudo isso avaliado por profissionais da música.
Na segunda fase de seleção, dessas 180 letras, foi escolhido um bloco das 20 melhores. Segundo padre Leandro, a questão da possibilidade de tradução para outras línguas também está sendo levada em consideração. “Nem sempre é fácil transportar a poética e todo o brilho do que foi feito numa única língua para as outras línguas. Então, este também é um fator que pesa na hora da escolha”, afirmou.

Fonte: JMJ RIO2013

segunda-feira, 23 de julho de 2012

JMJ RIO 2013: convite a testemunhar o amor de Deus com alegria


O Brasil inteiro já se prepara para estar no Rio de Janeiro em 2013 e começa a contagem regressiva para a Jornada Mundial da Juventude. Cerca de 240 mil pessoas reunidas para a terceira noite do Halleluya 2012, em Fortaleza (CE), ouviram do arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL), Dom Orani João Tempesta, o chamado para viver essa grande experiência de fé.
 “A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro se alegra em acolher os jovens de todo o mundo”, disse o arcebispo entre os aplausos da multidão que ouviu atenta o convite para a JMJ Rio2013.
O testemunho da juventude para o mundo é o grande chamado da Jornada Mundial da Juventude de 2013, cujo tema é "Ide e fazei discípulos entre todas as nações". Convidando os jovens a testemunharem o amor de Deus com alegria, Dom Orani respondeu às perguntas sobre evangelização e sobre a Jornada no programa “curtaaverdade.com”.
"Vale a pena ser jovem e seguir a Jesus Cristo", destacou Dom Orani. Segundo o arcebispo, a Igreja precisa que os jovens sejam sinal da graça de Deus entre todos. A evangelização deve ser feita pela juventude que conhece a verdade. "Precisamos de jovens confiantes na sua fé e que possam testemunhar com sua vida", completou.
Um dos presentes ao curtaaverdade.com perguntou o que a juventude poderia esperar da Jornada Mundial. Dom Orani respondeu com um convite. "É a oportunidade que o Brasil tem de mostrar a sua fé. É um grande anúncio para essa sociedade mundial de que é possível ser jovem, saudável, presente na sociedade e cristão. Mais do que o jovem pode esperar, é o mundo que espera do jovem esse testemunho e essa alegria", completou.
O curtaaverdade.com também contou com a participação do Fundador e Moderador geral da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo. Ele lembrou que as bases da evangelização do Brasil foram feitas por um jovem de apenas 19 anos, o beato José de Anchieta. “Ele saiu de sua terra e veio a nosso encontro. Um jovem e muitos outros ofertaram sua vida por amor a Cristo, por amor a nós”.
Moysés Azevedo acrescentou que os jovens são chamados a ser esse sinal para o mundo. “Nesse tempo nós somos chamados a sermos testemunho de que a Igreja é viva, é jovem e gritar a alegria de ser cristão”.
Halleluya é o maior festival de artes integradas do país e reuniu em cinco dias, segundo a coordenação do encontro, cerca de um milhão de pessoas. O evento, que aconteceu entre os dias 18 e 22 de julho, está em sua 15ª edição e marca os 30 anos de existência da Comunidade Católica Shalom.
O Rio de Janeiro receberá pela segunda vez o Festival Halleluya. Este ano acontecerá entre os dias 29 e 30 de setembro na Quinta da Boa Vista.

Fonte: JMJ RIO2013

sábado, 14 de julho de 2012

Lançado no Rio Janeiro o oração oficial pela JMJ RIO2013


Jovens adoradores do mundo inteiro puderam rezar juntos, pela primeira vez, a Oração Oficial da Jornada. A oração, que deverá estar na cabeceira dos cristãos até a JMJ Rio2013, foi divulgada nessa sexta-feira, no dia 13 de julho, no evento que deu início às atividades que marcam a contagem regressiva para um ano da Jornada.
Milhares de jovens se reuniram no Largo da Carioca no início da noite. Louvor, alegria, sob a ação do Espírito Santo, uniram os corações em um só clamor pela juventude do Rio e do mundo inteiro. A Comunidade Aliança de Misericórdia conduziu os momentos de oração e Adoração ao Santíssimo, junto com o diácono Melquisedec.
“Essa Jornada tem um alvo, a juventude, mas também tem uma nascente, o Coração Eucarístico de Jesus”, disse ele aos jovens.
O presidente do COL e arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu a Santa Missa. Concelebraram os bispos auxiliares Dom Paulo Cezar Costa e Dom Roque Costa Souza, junto aos demais sacerdotes presentes.
Dom Orani lembrou o encerramento da Missão Thalita Kum, da Comunidade Aliança de Misericórdia, e todo o trabalho de evangelização, realizado desde 2009 no Rio de Janeiro, onde jovens através de dança, música e teatro evangelizam em praças, ruas e ônibus da cidade.
“É providencial que nesta noite, ao ser concluído esse trabalho e no lançamento da Oração da Jornada a Palavra de Deus fale do tema da JMJ”, disse Dom Orani, ao fazer referência às leituras do dia. E completou, lembrando o “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.
O arcebispo destacou: “Somos chamados a sermos testemunhas que em Cristo nós encontramos a vida”. E afirmou que mesmo diante das dificuldades e no mundo hostil em que vivemos não se pode deixar de anunciar a Boa Nova, “não só na Jornada, mas desde agora”.
Ao final da celebração, Dom Orani rezou junto com os jovens a Oração Oficial da JMJ Rio2013. Banners com a oração em outros idiomas foram espalhados no local do evento e um vídeo com jovens rezando a oração foi exibido. Todos os participantes receberam um folheto com a oração e a imagem dos patronos e intercessores da JMJ.
Em seguida todos saíram em procissão pelas ruas do Centro da cidade até a Igreja de Sant’Ana, Santuário de Adoração Perpétua do Rio de Janeiro, local onde a vigília acontece toda segunda sexta-feira do mês. A 9ª edição da Vigília seguiu até as 6h.


Uma Jornada não se faz sem a oração
Segundo padre Arnaldo Rodrigues, um dos diretores do Setor de Preparação Pastoral do Comitê Organizador Local (COL), a mensagem vai percorrer todo o mundo e será a inspiração de todo o trabalho. “Uma Jornada não se faz sem a oração. É preciso orar para trabalhar, construir e viver a Jornada. Todo jovem vai rezar a mesma oração, é uma comunhão espiritual”, explicou padre Arnaldo.
Padre Leandro Lenin conta que a escolha teve a participação do setor pastoral, dos bispos e teólogos e, principalmente, a ação do Espírito Santo. “Nossas reuniões não eram só para a construção de um texto, mas reuniões de oração, em que a gente meditava e tentava associar tudo que era característico da Jornada”, ressaltou. “Queríamos uma oração com espírito bem jovem, feita para os jovens e pelos jovens”, completou padre Arnaldo.
“Nós queremos que eles rezem talvez uma vez por dia, mas que, principalmente, façam essa oração de forma comunitária em reuniões de grupo, nas paróquias, ou então aos domingos na celebração da santa missa”, afirmou padre Lenin.
"Nós queremos também enquanto oramos pela JMJ, orar também por aqueles que estão doando o seu tempo para ajudar, pelos peregrinos que virão de todos os lugares da terra e sairão como discípulos por todos os cantos da terra para evangelizar", concluíram os sacerdotes.
Encontro com Deus
 Quem esteve no Largo da Carioca pode experimentar um pouco da unidade e o ardor da juventude em preparação para a JMJ. “É um momento muito para a Igreja porque muitos jovens terão seu encontro com Jesus, então é um momento de despertar de vocações”, disse Frei Gustavo, OFM.
Para Irmã Ana Lúcia, da Congregação Sagrado Coração de Jesus, foi um “momento de muita emoção de ver jovens empolgados de estar nos caminhos do Senhor evangelizando”.
“É um dia muito especial porque estamos aqui reunidos representando essa unidade essa unidade da nossa Igreja. Estamos aqui nos preparando espiritualmente para essa Jornada. Só que às vezes ficamos tão preocupados com as coisas que temos que alcançar (...), mas a não podemos nos esquecer de nos prepararmos espiritualmente. Então, é essencial que nós estejamos aqui hoje”, afirmou a estudante Glenda Figueiredo.
O Irmão Miguel da Cruz, missionário da comunidade Aliança de Misericórdia, falou dessa grande missão: “A missão Thalita Kum faz como João Batista, busca preparar os caminhos do Senhor e preparar o coração das pessoas para receber os jovens que vão estarão com o Papa Bento XVI aqui no Rio”.

ORAÇÃO OFICIAL DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.
Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

Amém!

Fonte: JMJ RIO2013

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dom Eugenio Sales, um cardeal que se impôs e fez História


Por Marcelo Auler 
Ao longo de seus 91 anos de vida, em especial nos 58 anos de episcopado, 30 deles à frente da igreja no Rio de Janeiro, Dom Eugenio Sales, que faleceu na noite de segunda-feira (9), fez História.
Na administração dos católicos, criou igrejas (em torno de 60), incentivou a vocação sacerdotal de jovens – ordenou 215 sacerdotes – sagrou mais de 20 bispos, e ajudou a igreja a fazer crescer seu patrimônio, ainda que às vezes com gosto arquitetônico discutível, como a Catedral metropolitana da Avenida Chile. 
Mais do que um administrador, porém, Dom Eugenio era um pastor que matinha controle do seu rebanho. Por isto, era um bispo polêmico. Não foram poucos os sacerdotes que se queixavam dele. Nos anos 70, em pleno regime militar, fazia questão de visitar os presídios junto com o coordenador da pastoral penal, padre Bruno Trombeta. Não havia Páscoa, nem Natal em que o cardeal não passasse em pelo menos uma cadeia pública. Nelas, com a imprensa presente, celebrava para todos os presos e ia às celas dos prisioneiros políticos, muitos dos quais não confessavam a mesma fé ou, simplesmente, eram ateus.
Em maio de 2000, pela primeira vez Dom Eugênio falou ao jornalista Fritz Utzeri, do Jornal do Brasil, sobre um trabalho que desenvolveu em sigilo entre 1976 e 1982, quando acolheu e protegeu mais de cinco mil refugiados políticos de toda a América Latina. Ele autorizou seus auxiliares a alugarem cerca de 80 apartamentos para abrigar estes perseguidos das ditaduras militares do cone sul. Algumas vezes, como o o jornal relatou, policiais argentinos eram infiltrados nos grupos de refugiados, mas acabavam sendo descobertos.  
Mas, mesmo amparando o rebanho preso, ele controlava a movimentação não apenas dos seus sacerdotes como dos próprios irmãos de episcopado. Em meados dos anos 70, Dom Hélder Câmara, então arcebispo de Olinda e Recife, recusou-se a dar uma entrevista formal para o jornal Pasquim alegando “um acordo com meu irmãozinho Eugenio que me pediu para não falar quando viesse ao Rio”. A entrevista acabou sendo feita na forma de um questionário. 
O dominicano Frei Betto era outro que Dom Eugenio não gostava – e, se pudesse, impedia - que se manifestasse no Rio, assim como não nutria nenhuma simpatia pelas ideias dos irmãos Boff - Leonardo e Clodovis. Leonardo, quando ainda pertencia ao clero, foi proibido de falar aos seus irmãos franciscanos no convento. Dom Eugênio ameaçou expulsá-los do Rio caso dessem vez às pregações de Leonardo. Já Clodovis foi dispensado da PUC onde dava aula. Recorreu a Roma, ganhou o processo, mas jamais voltou a uma sala: recebia o ordenado de professor, mas continuou impedido de lecionar na universidade.
Polêmica também gerou quando impediu, em 1989, que a escola de Samba Beija-Flor desfilasse com a estátua do Cristo Redentor,provocando um dos mais célebres protestos do carnavalesco Joãosinho Trinta: ele colocou na avenida a estátua coberta por um plástico preto com uma faixa com os dizeres “Mesmo proibido, olhai por nós”, deixando clara a censura sofrida.
Ainda que evitasse maiores manifestações políticas na sua jurisdição, Dom Eugenio agia nos bastidores junto aos militares, intercedendo em favor daqueles que estavam presos e sofriam torturas. Mantinha uma linha direta com os militares, com todos eles, dos mais duros àqueles considerados mais abertos ao diálogo. Imunha-se, sempre de maneira firme, mas delicadamente na forma. Abrigou mais de quatro mil refugiados políticos, deu assistência às famílias dos desaparecidos, ajudou a evitar outros desaparecimentos. 
Agia, à sua maneira, preferencialmente sem alardes. Bem distante do jeito de atuação de outro cardeal que marcou época, Dom Paulo Evaristo Arns, pastor da igreja em São Paulo. Embora adotassem métodos diferentes e fossem considerados de alas opostas no seio da igreja e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Dom Eugenio tido como conservador, Dom Paulo como progressistas – os dois tiveram algumas passagens juntas. Uma delas, em março de 1978, quando foram recebidos, com outras personagens civis brasileiras, pelo presidente norte-americano Jimmy Carter, na casa da Gávea Pequena.
Na sua gestão à frente da igreja carioca, Dom Eugênio desenvolveu uma série de pastorais – Penal, das Favelas, do Menor -, muitas delas entregue à coordenação de leigos. Construiu o prédio anexo ao Palácio São Joaquim onde juntou os diversos setores da igreja que se espalhavam pela cidade. No Sumaré, onde residia, ergueu um prédio confortável onde reunia nos finais de semana empresários, intelectuais, políticos, membros do governo e da oposição para debates sobre temas diversos, em uma espécie de pastoral com os formadores de opinião.
Ele também protestava a seu modo, como ocorreu ao se deparar com um cadáver jogado na estrada do Sumaré, seu caminho entre a residência oficial e o Palácio São Joaquim. Desceu do carro, abençoou o corpo e fez questão de noticiar o fato, marcando sua repugnância pela violência na cidade. Pouco tempo depois reuniu autoridades no Centro de Estudos do Sumaré para discutir a questão da violência. 
Criado no sertão nordestino, Dom Eugenio era de Acari, no interior do Rio Grande do Norte. Nasceu em 8 de novembro de 1920. Seus pais - Celso Dantas Sales e Josefa de Araújo Sales - geraram outro bispo católico, Dom Heitor de Araújo Sales, Arcebispo Emérito de Natal (RN).
Foi no colégio Marista da capital potiguar que ele despertou para a vida sacerdotal. Com 11 anos, ingressou no seminário menor na mesma cidadade, mas seus estudos de Filosofia e Teologia foram em Fortaleza (CE), no Seminário da Prainha. Em 21 de setembro de 1943 foi ordenado padre pelo bispo de Natal Dom Marcolino Esmeraldo de Sousa Dantas, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia, em Acari, onde foi batizado.
Dedicou-se, como sacerdote, às igrejas do interior do Rio Grande do Norte. Mas não por muito tempo. Em 1954, com 33 anos e apenas 11 como padre, foi nomeado bispo auxiliar de Natal pelo Papa Pio XII. A sagração deu-se em 15 de agosto.
Em 1962, foi designado administrador apostólico da Arquidiocese de Natal. Dois anos depois mudou-se para Salvador, na Bahia, onde exerceu a função de administrador apostólico da Arquidiocese. Galgou ao posto de Arcebispo, Primaz do Brasil de São Salvador da Bahia em 29 de outubro de 1968, por decisão do Papa Paulo VI.
Aos papas, Dom Eugenio dedicava total fidelidade, mas por Paulo VI tinha um carinho especial a ponto de presenteá-lo, a cada ida a Roma, com uma caixa de mamão papaia. Foi no potificado de Paulo VI que ele ganhou o titulo de cardeal (1969) e dois anos depois foi transferido para o Rio de Janeiro, após o falecimento de Dom Jaime de Barros Câmara.
Como cardeal do Rio organizou duas vindas do papa João Paulo II ao Brasil – 1980 e 1987 – fazendo questão de levá-lo à favela do Vidigal, quando muitos acharam que isto seria uma loucura. Em 2005, em Roma, celebrou uma das missas solenes nas exéquias do papa.
Já cardeal emérito – com mais de 80 anos – e, portanto, sem participar do conclave que escolheria o novo papa, dom Eugenio vibrou ao saber que o sucessor de João Paulo II seria o cardeal Joseph Ratzinger, que adotou o nome de papa Bento XVI. Dele recebeu uma carta especial ao completar seus 90 anos, em 2010. 
O cardeal emérito do Rio faleceu na noite de segunda-feira, na residência oficial do Sumaré, vítima de um infarto. Seu velório ocorrerá durante toda a terça-feira (10) na Catedral Metropolitana da Avenida Chile. O enterro, na mesma Catedral, ocorrerá às 15h da quarta-feira.